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Trabalho em repujado
sobre cobre recortado com sobreposição, o quadro em madeira MDF mede 35X50cm.
Este símbolo é uma
derivação da Cruz Solar e aparece por toda a Europa desde o terceiro milénio
a.C. (Idade do Bronze), tendo sido utilizado, sobretudo pelos povos Celtas
(Celtiberos, Gauleses e Gaélicos), mas também pelos povos nórdicos. Também é
chamada "Cruz de Iona", "Cruz de Odin” e "Roda de
Taranis", sendo estes dois últimos nomes derivados da sua versão mais
antiga, a já mencionada Cruz Solar.
Apesar de muitas vezes
ser confundido com um símbolo da Cristandade, a Cruz Celta é muito anterior,
com algumas representações datadas de 5000 a.C. As suas origens são
desconhecidas mas é de consenso geral que se trata de um símbolo solar, cujas
semelhanças com a Suástica e com o Ankh egípcio não podem deixar de ser
notadas. Tal como estes apresenta o eixo horizontal, Feminino, receptivo, Yin e
o eixo vertical, Masculino, criativo, Yang, representando tanto o Eixo do
Mundo, como os Quatro Elementos e a Chave da Vida.
Com a conversão da
Europa ao Cristianismo, o símbolo foi rapidamente absorvido pela nova ordem
social e transformado numa cruz cristã. É muitas vezes chamada "Cruz de
São Columbano", devido a uma lenda irlandesa que conta que foi trazida
para a Irlanda por este Santo. O mosteiro de São Columbano, na ilha de Iona,
deu origem às denominações "Cruz de Iona" ou "Cruz Iónica".
Graças à sua antiguidade
e origem europeia, a Cruz Celta, bem como a Cruz Solar e a Suástica - todas
elas símbolos solares - foram adotadas por grupos políticos radicais e o seu
significado antigo foi deturpado, tendo sido substituído pelo do fascismo e da
intolerância. Hoje em dia, a imagem de um destes símbolos, na maioria dos
casos, já só evoca os mais recentes acontecimentos do Nazismo, do fanatismo
político e da violência, tendo-se perdido assim toda a sua riqueza e significados
originais.
Apesar disto, o
significado tradicional está a ser, lentamente, recuperado pelas comunidades
neo-pagãs, bem como por seguidores e estudiosos das antigas tradições
europeias. A Cruz Celta continua a ser usada como amuleto de proteção, é
associada ao heroísmo e à coragem, servindo como talismã ajuda a superar
obstáculos e conquistar vitórias. Como símbolo solar também é usado para
prosperidade e fertilidade. A Cruz Celta é frequentemente gravada ou esculpida
em pedra, para benção das terras envolventes. O símbolo evoca o equilíbrio e a
harmonia, bem como a proteção dos Ancestrais.