segunda-feira, 14 de maio de 2012

Coleção Arte Celta - Tapeçaria

O termo celta (arte), de difícil delimitação geográfica e cronológica, pretende englobar todas as manifestações artísticas produzidas pelos antigos celtas desde o século V a. C. até ao I d. C., altura em que esta civilização entrou em declínio.
A área antigamente ocupada pelos celtas abarcava um vasto território do continente europeu que, desde a Áustria e do sul da Alemanha, se estendia à Suíça e à França, atingindo, na centúria seguinte, a Irlanda, as ilhas do Norte da Inglaterra, a Espanha e o Mar Negro. No período de máxima expansão, o centro de maior pujança da cultura celta deslocou-se da zona embrionária do Reno para a França e posteriormente para a zona ocidental da Europa. Originária da cultura do ferro centrada na Baviera, a arte celta conheceu vários períodos de desenvolvimento, em diferentes pontos do território europeu. O período de formação - conhecido por La Tène ou estilo antigo, nome derivado de uma região junto do lago suíço de Neuchâtel - decorreu entre 480 e 350 a. C. Caracterizava-se pela produção de obras de joalharia ou bronzes inspirados em modelos etruscos cruzados com referências a motivos orientais, como folhas de acanto, palmetas e flores de lótus.

 Seguiu-se o estilo Waldalgesheim (350-290 a. C.), durante o qual se manteve a influência clássica, embora os modelos e as referências formais gregas e romanas fossem utilizados de forma extremamente livre. Datam desta fase as esculturas antropomórficas de deuses, de influência romana.
Durante o período Plástico (290-190 a. C.), que floresceu nas zonas mais ocidentais do continente, realizaram-se representações estilizadas de figuras humanas e animais, cujo fundamento estilístico se prolongou pelo período final da arte celta, conhecido pelo Estilo Espada (designação que deriva das espadas ornamentadas com desenhos lineares e abstratos, inspirados em motivos vegetalistas gregos).
O incremento do clima de instabilidade que dominou as comunidades celtas determinou a necessidade de produção de armas, que rapidamente se transformaram num dos elementos centrais do desenvolvimento artístico desta cultura. Para além da vocação bélica e funcional, muitos destes artefactos respondiam a necessidades simbólicas (enquanto representação de estatutos sociais) bem como religiosas, uma vez que muitos destes objetos constituíam oferendas aos deuses e eram investidos de poderes talismânicos.

Os materiais mais utilizados pelos celtas foram o bronze e o ouro (com origem na boémia), ou outros materiais importados de locais distantes, como a prata, o coral rosa e o âmbar. Este povo utilizava duas técnicas fundamentais de trabalho dos metais: a fundição ou a extrusão de chapa. Uma grande variedade de efeitos decorativos de raiz abstrata e geométrica ou zoomórfica era utilizada para ornamentar as superfícies dos objetos.
Um dos mais conhecidos artefactos artísticos celtas é o tampo de bolsa da barca funerária de Sutton Hoo, realizada entre 625 e 33 a. C., empregando - em solução compositiva simétrica que articulava ornamentos geométricos com imaginativas representações de figuras animais e humanas - folhas de ouros, esmaltes, granadas e outros materiais preciosos.

sábado, 12 de maio de 2012

Coleção Heráldica - Escudo Leão Rampante

Apresento mais um experimento em repujado, um escudo medieval medindo 31X50cm que traz como figura central o Leão Rampante. O trabalho foi feito em alumínio 0,06mm e resolvi aplicar a pátina através de aplicação de verniz vitral e betume da... judéia diluido. Propositadamente fiz inúmeros riscos sobre o alumínio visando incrementar o envelhecimento da peça.
 

 O Leão, o "rei dos animais", com sua reputação de força, de bravura, de nobreza, tão conforme com o ideal medieval, podia apenas seduzir aqueles que queriam escolher sua armaduras.

 Um "leão rampante" é representado em pé ereto de perfil, com as patas dianteiras levantadas. A posição das patas traseiras varia de acordo com os costumes locais: o leão pode estar em ambas as patas traseiras afastadas, ou em apenas sobre uma, com a outra também levantada para o ataque; a palavra rampant é frequentemente omitida, especialmente nos brasões mais antigos, pois esta é a posição mais usual de um quadrúpede carnívoro.


O leão é classificado como uma figura heráldica natural, mas se encontra freqüentemente como representando uma figura heráldica imaginária, em particular na quimera ou no grifo, ou em forma híbrida com a águia, sua mais poderosa concorrente heráldica.

Coleção Heráldica - Águia Ornamental

Este trabalho, também confeccionado em placa de 12mm de espessura, nas medidas 30X40cm, foi executado com alumínio 0,06mm. Sua execução possui certo grau de dificuldade uma vez que especificamente esse tipo de metal se dilata facilmente ao ponto de deixar deformações irreparáveis. Creio que com as próprias deformações criadas tira-se um bom aproveitamento quando se pretende deixar transparecer um ar de envelhimento aliado a aplicação da pátina.

Desde a antiguidade figuras ou símbolos são usados como forma de representação e identificação: familiar ou tribal; regional ou nacional; ou mesmo individual.
Aves falconiformes, como as chamadas Águias, estão presentes entre as mais antigas formas utilizadas. Com o desenvolvimento da heráldica o uso destas alastrou-se, sendo vistas abundantemente em escudos: tanto na parte principal do campo para o assentamento de peças quanto nestas individualizadamente ou nos mais diversos ornamentos.


Coleção Arte Celta - Cães Celtas

Caros amigos este é uma obra diferenciada na sua elaboração das que eu costumo realizar. Trata-se de repujado aplicado a uma placa de madeira em MDF de 12mm com a medida de 30X40.

A arte dos celtas, povos antigos da Europa Central e Ocidental; no período pré-romano habitavam grande parte da Europa, inclusive Inglaterra, Gália, partes de Portugal e da Espanha, Alemanha, República Tcheca e Eslováquia. Um tipo diferente de arte céltica batizada em homenagem a La Tène, na Suíça, desenvolveu-se primeiro no século V a.C., basicamente em trabalhos de metal, um campo no qual os celtas mostraram extraordinária habilidade.
 Os celtas ornavam objetos de uso comum, como armas, armaduras, canecas e jarras, e faziam também algumas jóias, trabalhando principalmente em bronze e ouro e empregando sofisticadas técnicas de incrustação.
Os motivos vinham de diversas fontes, mas foram transformados pela criatividade celta, que se deliciava com fortes desenhos geométricos e espirais, muitas vezes combinados com formas animais estilizadas, em elementos abstratos. As figuras humanas eram raras e sempre representadas de maneira um tanto abstrata.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Hombre Condor

Esta figura mitológica, de aspecto antropomórfico, ou seja, com semelhança a um ser humano, é integrante da mitologia Inca.  

Seu nome, Hombre Condor, se sustenta na elevação espiritual dos deuses que reinavam junto com o criador Wiracocha à época da criação do mundo. Ela integra o portal do Sol, um monólito pesando cerca de 10 tonenalas, que se acha no sitio arqueológico de Tiwanaku, proximidades do Lago Titicaca na Bolívia.
O quadro mede 36X41cm e o repujado foi executado em alumínio 0,06mm na técnica de relevo plano.