O termo celta (arte), de difícil delimitação geográfica e cronológica, pretende englobar todas as manifestações artísticas produzidas pelos antigos celtas desde o século V a. C. até ao I d. C., altura em que esta civilização entrou em declínio.
A área antigamente ocupada pelos celtas abarcava um vasto território do continente europeu que, desde a Áustria e do sul da Alemanha, se estendia à Suíça e à França, atingindo, na centúria seguinte, a Irlanda, as ilhas do Norte da Inglaterra, a Espanha e o Mar Negro. No período de máxima expansão, o centro de maior pujança da cultura celta deslocou-se da zona embrionária do Reno para a França e posteriormente para a zona ocidental da Europa. Originária da cultura do ferro centrada na Baviera, a arte celta conheceu vários períodos de desenvolvimento, em diferentes pontos do território europeu. O período de formação - conhecido por La Tène ou estilo antigo, nome derivado de uma região junto do lago suíço de Neuchâtel - decorreu entre 480 e 350 a. C. Caracterizava-se pela produção de obras de joalharia ou bronzes inspirados em modelos etruscos cruzados com referências a motivos orientais, como folhas de acanto, palmetas e flores de lótus.
Seguiu-se o estilo Waldalgesheim (350-290 a. C.), durante o qual se manteve a influência clássica, embora os modelos e as referências formais gregas e romanas fossem utilizados de forma extremamente livre. Datam desta fase as esculturas antropomórficas de deuses, de influência romana.
Durante o período Plástico (290-190 a. C.), que floresceu nas zonas mais ocidentais do continente, realizaram-se representações estilizadas de figuras humanas e animais, cujo fundamento estilístico se prolongou pelo período final da arte celta, conhecido pelo Estilo Espada (designação que deriva das espadas ornamentadas com desenhos lineares e abstratos, inspirados em motivos vegetalistas gregos).
O incremento do clima de instabilidade que dominou as comunidades celtas determinou a necessidade de produção de armas, que rapidamente se transformaram num dos elementos centrais do desenvolvimento artístico desta cultura. Para além da vocação bélica e funcional, muitos destes artefactos respondiam a necessidades simbólicas (enquanto representação de estatutos sociais) bem como religiosas, uma vez que muitos destes objetos constituíam oferendas aos deuses e eram investidos de poderes talismânicos.
A área antigamente ocupada pelos celtas abarcava um vasto território do continente europeu que, desde a Áustria e do sul da Alemanha, se estendia à Suíça e à França, atingindo, na centúria seguinte, a Irlanda, as ilhas do Norte da Inglaterra, a Espanha e o Mar Negro. No período de máxima expansão, o centro de maior pujança da cultura celta deslocou-se da zona embrionária do Reno para a França e posteriormente para a zona ocidental da Europa. Originária da cultura do ferro centrada na Baviera, a arte celta conheceu vários períodos de desenvolvimento, em diferentes pontos do território europeu. O período de formação - conhecido por La Tène ou estilo antigo, nome derivado de uma região junto do lago suíço de Neuchâtel - decorreu entre 480 e 350 a. C. Caracterizava-se pela produção de obras de joalharia ou bronzes inspirados em modelos etruscos cruzados com referências a motivos orientais, como folhas de acanto, palmetas e flores de lótus.
Seguiu-se o estilo Waldalgesheim (350-290 a. C.), durante o qual se manteve a influência clássica, embora os modelos e as referências formais gregas e romanas fossem utilizados de forma extremamente livre. Datam desta fase as esculturas antropomórficas de deuses, de influência romana.
Durante o período Plástico (290-190 a. C.), que floresceu nas zonas mais ocidentais do continente, realizaram-se representações estilizadas de figuras humanas e animais, cujo fundamento estilístico se prolongou pelo período final da arte celta, conhecido pelo Estilo Espada (designação que deriva das espadas ornamentadas com desenhos lineares e abstratos, inspirados em motivos vegetalistas gregos).
O incremento do clima de instabilidade que dominou as comunidades celtas determinou a necessidade de produção de armas, que rapidamente se transformaram num dos elementos centrais do desenvolvimento artístico desta cultura. Para além da vocação bélica e funcional, muitos destes artefactos respondiam a necessidades simbólicas (enquanto representação de estatutos sociais) bem como religiosas, uma vez que muitos destes objetos constituíam oferendas aos deuses e eram investidos de poderes talismânicos.
Os materiais mais utilizados pelos celtas foram o bronze e o ouro (com origem na boémia), ou outros materiais importados de locais distantes, como a prata, o coral rosa e o âmbar. Este povo utilizava duas técnicas fundamentais de trabalho dos metais: a fundição ou a extrusão de chapa. Uma grande variedade de efeitos decorativos de raiz abstrata e geométrica ou zoomórfica era utilizada para ornamentar as superfícies dos objetos.
Um dos mais conhecidos artefactos artísticos celtas é o tampo de bolsa da barca funerária de Sutton Hoo, realizada entre 625 e 33 a. C., empregando - em solução compositiva simétrica que articulava ornamentos geométricos com imaginativas representações de figuras animais e humanas - folhas de ouros, esmaltes, granadas e outros materiais preciosos.